País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 100 min
Ano de Lançamento: 2013
Estúdio/Distrib:
Direção: Kimberly Peirce
Classificação Indicativa: 16 Anos
Atores: Julianne Moore e Chloe Moretz
Sinopse: Carry White é uma jovem que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com Margareth, sua mãe e uma pregadora religiosa que se torna cada vez mais ensandecida. Carrie foi menosprezada pelas colegas, pois ao tomar banho achava que estava morrendo, quando na verdade estava tendo sua primeira menstruação. Uma professora fica espantada pela sua falta de informação e Sue Snell, uma das alunas que zombaram dela, fica arrependida e pede a Tommy Ross, seu namorado e um aluno muito popular, para que convide Carrie para um baile no colégio. Mas Chris Hargenson, uma aluna que foi proibida de ir à festa, prepara uma terrível armadilha que deixa Carrie ridicularizada em público. Mas ninguém imagina os poderes paranormais que a jovem possui e muito menos de sua capacidade vingança quando está repleta de ódio.
X-Men Origens - Carrie, A Estranha.
Não tem nada que me deixe mais PUTO, do que ir no cinema assistir um filme que eu esperava muito, que fui criando expectativas e chegar lá e ver... isto!
Acho que esse era um dos filmes que eu mais esperava este ano, não por ser só uma adaptação de um dos meus livros favoritos, mas também por toda a propaganda em cima dele. Poxa, eu coloquei ele em 7º Lugar na minha lista de Maiores Promessas para 2013 no inicio do ano. Tudo bem que aquela lista ficou bem manjada, mas mesmo assim: AAARGH!
Quem acompanhou todo o marketing desse filme vai entender do que estou falando. Vocês lembram que a diretora Kimberly Peirce prometeu que seria uma nova adaptação do livro e não um remake? Você se lembra que ela disse que o final seria totalmente diferente e que esse filme se aproximaria mais do livro e ignoraria o filme do De Palma? VOCÊ LEMBRA? Então... ELA MENTIU.
Isso aqui NÃO É uma nova adaptação do livro. Isso aqui É um remake do filme de 76, refeito de ponta a ponta. As cenas são iguais, o roteiro é igual, apenas algumas mudanças insignificantes são feitas na trama e alguns elementos do livro apareceram para dizer "oi", mas são tão mau adaptados que chegam a ser patéticos em cena (chuva de pedras, sim amigos leitores, teve a chuva de pedras, mas foi muito rápido e muito mau usado). Sério caramba, ele repete tudo! São cenas, sequencias e até mesmo diálogos que foram
literalmente repetidos do filme de 1976. O que torna o enfadonho. Se é para
fazer igual, então por que fazer? O novo longa não encontra sua identidade, não
sabe se quer ser uma adaptação ou um remake. É frustrante assistir Carrie
depois de ter lido o livro e ter visto todas as outras adaptações. O filme pode
até funcionar para quem vai “virgem” ao cinema, não viu nada, não leu nada, daí
ele pode até funcionar. Os planos são muito parecidos ele faz questão de refazer cenas icônicas que chega a ser ridículo de tão desesperado que soa.
Alguns elementos do livro estão aqui, pouquíssimos funcionam de verdade! O filme até começa bem, a primeira cena é tirada diretamente do livro. Vi uma galera reclamando dessa cena inicial, mas ela existe no livro, e eu curti ver esse lado, então...
Mas depois da boa cena inicial ele parte para a famosa e bizarra cena da menstruação e putz... que coisa ridícula. É sério o filme vai descarrilhando de uma forma que, meu deus, dói.
A escolha de elenco foi interessante até. O elenco de apoio é bom, mas não chega a ser nada muito especial. Julianne Moore está excelente no papel (como sempre!), mas é pouco aproveitada na trama, em suas poucas aparições ela consegue marcar presença, sendo a melhor coisa do filme. Nunca achei que veria Chloe Moretz atuar mau. Adoro a atriz e a acho excelente, uma das maiores atrizes jovens da atualidade. Adorei a escolha quando foi revelada sua contratação, achei que ela seria perfeita para segurar toda essa responsabilidade nas costas. Me enganei, Chloe atua mau e isso é muito triste. Parecia que ela não estava nem se esforçando, a personagem ficou extremamente caricata e artificial. Isso não se deve apenas a atuação ferrenha da mocinha mas a escolha da produção do filme. Me lembro que quando saiu o primeiro trailer mostrei para meu pai (que é tão fã do primeiro filme quanto eu), e a primeira coisa que ele disse foi: "Ela é muito bonita para ser a Carrie!". Concordo com ele. Não é crível aquilo tudo o que acontece, faltou coerência. Não custava nada enfeiar a menina para ela ficar pelo menos estranha no filme e linda no baile. Além de ser totalmente artificial as situações que Carrie, A Estranha Que Na Verdade é Linda passa, ainda entramos na imbecilidade que os poderes da personagem se tornaram. Não da pra sentir pena dela, eu olho pra Chloe e linda e instantaneamente me lembro DISTO. Assim fica impossível comprar a ideia dela ser uma garotinha indefesa que sobre bullying. Eu fica esperando ela colocar a peruca roxa e sair matando geral. Não cola essa.Acho que a diretora entendeu errado essa bagaça aqui. Querida, você foi contratada para dirigir Carrie, NÃO X-MEN! Os poderes de Carrie foram elevados ao níveo extremo da babaquice. Agora você vem me dizer, mas no livro a Carrie também treinava os seus poderes! Sim meus amigos, mas em quanto no livro a faca se mexia e caia da mesa e isso era tudo, no novo filme levita livros entre muitos outros objetos. É tão bobinho. Isso tira um pouco da magia também, no livro Carrie não tinha conciencia do tamanho e alcance de seus poderes, o massacre no baile é um acidente causado por um excesso de fúria da personagem, ela faz inconscientemente. Aqui a cena é boba, x-men total. Ficou muito mais com cara daqueles filmes de super heróis descobrindo seus poderes, é ridículo. Só acho que pra fechar com chave de ouro faltou uma frase de efeito, algo do tipo: IT'S PROM TIME, BITCH! Realmente acho que faria muito mais sentido dentro da historia do filme. O maior problema disso tudo para mim foi o fato dele se tornar um filme teen, não tenho nada contra filmes teens, existem alguns que eu gosto muito até, mas no Carrie foi super errado. Você não se importa com a personagem, a dor dela é falsa e caricata. A historia poderia até fazer sentido e funcionar nos anos 70 mas hoje em dia é irreal demais. A cena foi baile virou um show de exibicionismo, e o que no livro e filme original era perturbador e tenso, aqui é engraçado e extremamente divertido (cabos elétricos voadores óóóóóh). Putz, no filme a Carrie sai VOANDO do baile, tem noção do excesso de raiva que eu tive? ELA VOA!!!! WTF??????
Apesar de reclamar bastante tenho que admitir que o filme tem um bom ritmo, ele começa e termina de forma rápida e suficiente, não é chato e até diverte. Existem sim cenas muito legais. A morte de Chris (apesar de ter sido muito artificial) foi bacaninha, doeu bastante de assistir, a personagem em si ficou muito legal. Gostei da atriz. O elenco coadjuvante está muito bem. Tommy é carismático e a atriz que faz Sue Snell (apesar de ser meio morta) convence na personagem. Os efeitos visuais são exagerados e bem desnecessários e são utilizados e absolutamente em tudo mesmo, outro fator que torna o filme falso. Kirberly Peirce não entende de sutileza e isso ficou bem claro. A fotografia está boa, a direção de arte também. A trilha sonora não é nem um pouco chamativa e pouco aproveitada. A direção de Kimberly é até boa quando se trata de ângulos (apesar da cena em que o balde vira em cima de Carrie foi desnecessário repetir a cena tantas vezes) e o filme é bem montado. A destruição da cidade com aquela tomada aérea ficou muito legal, mostrar o baile depois do massacre com sobreviventes foi muito bom, nenhuma adaptação tinha tido essa ideia antes.
A cena final ainda trás uma lição de moral meio escondida mas ainda assim necessária para os bobos que não entenderam o que a historia quis passar e (para ser mais exato o último) momento do filme (aquele lance do troço rachar - se vc viu o filme, me entendeu) foi desnecessário.
Esse novo Carrie não vinga, não é marcante e não deixa de ser um remake (e não adaptação) sem utilidade que em dois meses será como se nem tivesse sido feito. Esquecível, bobinho, porém divertido, vale a pena se assistir apenas se você não entrou em contato com nada relacionado a Carrie antes, aí você pode gostar dele.
Nota: 5,5
Trailer:
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