terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Critica: Carrie, A Estranha (Carrie - 1976)

Título Original: Carrie
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 1hr e 39min
Ano de Lançamento: 1976
Estúdio/Distrib: Fox Films
Direção: Brian de Palma
Classificação Indicativa: 18 Anos
Atores:  Sissy Spacek (Carry White), Piper Laurie (Margaret White), Amy Irving (Sue Snell), William Katt (Tommy Ross), John Travolta (Billy Nolan), Nancy Allen (Chris Hargenson), Betty Buckley (Srta. Collins), P.J. Soles (Norma), Priscilla Pointer (Sra. Snell), Sydney Lassick (Sr. Fromm), Stefan Gierasch (Sr. Morton), Michael Talbott (Freddy).
Sinopse: Carry White (Sissy Spacek) é uma jovem que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com Margareth (Piper Laurie), sua mãe e uma pregadora religiosa que se torna cada vez mais ensandecida. Carrie foi menosprezada pelas colegas, pois ao tomar banho achava que estava morrendo, quando na verdade estava tendo sua primeira menstruação. Uma professora fica espantada pela sua falta de informação e Sue Snell (Amy Irving), uma das alunas que zombaram dela, fica arrependida e pede a Tommy Ross (William Katt), seu namorado e um aluno muito popular, para que convide Carrie para um baile no colégio. Mas Chris Hargenson (Nancy Allen), uma aluna que foi proibida de ir à festa, prepara uma terrível armadilha que deixa Carrie ridicularizada em público. Mas ninguém imagina os poderes paranormais que a jovem possui e muito menos de sua capacidade vingança quando está repleta de ódio.

CLÁÁÁÁÁÁÁÁSSSIICCOOOOOO!!!!!!!!!
Adaptação do maravilhosamente maravilhoso livro de Stephen King (como visto ontem no aqui no blog), Carrie de 1976 é de longe a melhor e absoluta adaptação do livro de King (pelo menos é oque vou confirmar com o novo filme). De Palma conseguiu com louvores traduzir tudo o que existe de melhor no livro p/ o filme, transformando-o quase instantaneamente em um clássico absoluto do terror (ou suspense sei lá).
O filme é tecnicamente muito bem feito. A direção do De Palma é incrível, ele soube muito bem utilizar o que tinha em cena, valorizando muito os cenários e principalmente os atores. Os efeitos visuais (huehuehuehe) são bem bacanas (gente, lembramos que estamos no ano de 1976 e CGI perfeito está longe de existir ainda). É tudo muito orgânico, é tudo feito à mão, incrível. 
A cena do baile é visualmente fantástica, e apesar de ser bem diferente do livro, impressiona do mesmo jeito!
O roteiro é muito bem amarrado, e consegue dar sentido para a historia (mesmo sendo bem diferente da obra). Tudo é muito bem explicado.
Como já disse algumas vezes, o filme é bem diferente do livro, mas isso não significa que seja uma má adaptação! O trabalho de uma adaptação é trazer uma historia para outra mídia e ainda fazer sentido, seguindo a obra mas sem ser desrespeitoso. E Carrie faz isso muito bem, não é um daqueles filmes que na hora de trazer do cinema não foi fiel e ainda é ruim (cofPERCYcofJACKSONcofHORRÍVELcof). 
Os atores são fantásticos em seus papéis, mas quem chama realmente a atenção é Sissy Spacek, a mulher dá um show de atuação!!!!!!!
Sério sem exagero, ela é maravilhosa! É impressionante como a garota consegue ser assustadora e frágil ao mesmo tempo, dá vontade de pegar ela e colocar no bolso para proteger. Sacanagem o que fizeram com a Carrie!
O final do filme é bem diferente do livro, mas isso não é ruim. Gosto mais do livro, mas devo admitir que o do filme tem um "à mais", sabe? Mas ainda espero ver nesse novo remake algo mais parecido com o livro. 
A trilha sonora é fantabulosa (você pode ouvi-la completa aqui). Não tenho palavras para descrever o quão boa ela é! 
Carrie, A Estranha de 1976 é um filme muito, muito, mais muito bom! Altamente recomendado pelos mesmos motivos do livro, não deixem de assistir essa pequena pequena-grande obra cinematográfica, que como você pôde ver, é só elogios!
Nota: 9,5
Trailer:
Principais Diferenças entre o Livro e o Filme:
(Texto Tirado do Site "Vai Assistindo")
Não aparecem no filme: 
- As informações sobre os antecedentes dos personagens, incluindo: Carrie quando menina, criando uma chuva de pedras durante um acesso de raiva, o desejo de sua mãe de matá-la, quando percebeu o poder que tinha a filha e o relacionamento entre Chris Hargensen e seu pai poderoso e rico (ele ameaça o diretor da escola, após terem expulsado Chris da festa de formatura). Isso tudo seria muito interessante para a história do filme e foi uma pena não terem acrescentado. 

- A investigação com o testemunho de Sue Snell e a estrutura jornalística geral do livro. Ficou muito legal no livro, mas realmente seria difícil fazer algo do tipo com apenas 2 horas de filme. 

- Os poderes de Carrie foram diminuídos no filme - por exemplo, no livro ela destrói quase a cidade inteira. Essa parte é excelente no livro! Gostaria que o filme tivesse essa sequência também, é minha parte preferida.
  
- Carrie mata Chris e Bill no carro, depois de matar sua própria mãe. No filme é ao contrário. 

- A conexão psíquica entre Carrie e Sue no final do livro. Carrie ainda causa um aborto em Sue. Isso não é esclarecido se foi um ato de bondade ou vingança.

- Um epílogo sugerindo outra criança nascida com os mesmos poderes paranormais de Carrie. Quando li não aceitei bem essa parte. Achei meio clichê, não sei... Foi melhor não terem colocado isso no filme. 

- No livro Carrie causa 409 mortes "com 49 vítimas ainda desaparecidas". 

Acrescentado ao filme:

- Vários novos personagens - incluindo a mãe de Sue e outros adolescentes. 

- A morte da Senhorita Collins: no livro, ela sobrevive, mas demite-se. Achei meio chato ela ter morrido no filme... coitada, era uma boa pessoa. 

- A morte de Margaret White; no livro, Carrie causa um ataque cardíaco em sua mãe. Gostei da maneira como a mãe morre, tanto no filme quanto no livro. Achei a versão do livro mais emocionante, porém a do filme ficou bem criativa.

- O pesadelo de Sue, no final.


Nenhum comentário:

Postar um comentário