terça-feira, 19 de abril de 2016

10 Cloverfield Lane

Título Original: 10 Cloverfield Lane
Título no Brasil: Rua Cloverfield, 10
País de Origem: Estados Unidos
Gênero: Suspense/Ficção-Científica
Tempo de Duração: 1hr e 40min
Ano de Lançamento: 2016
Estúdio/Distrib: Paramount Pictures
Direção: Dan Trachtenberg
Elenco:  John Goodman, Mary Elizabeth Winstead e John Gallagher, Jr.
Classificação Indicativa: 14 Anos

Sinopse:
Uma jovem (Mary Elizabeth Winstead) sofre um grave acidente de carro e acorda no porão de um desconhecido. O homem (John Goodman) diz ter salvado sua vida de um ataque químico que deixou o mundo inabitável, motivo pelo qual eles devem permanecer protegidos no local. Desconfiada da história, ela tenta descobrir um modo de se libertar — sob o risco de descobrir uma verdade muito mais perigosa do que seguir trancafiada no bunker.


Eu vou ser óbvio se eu falar que estou desde 2008 esperando uma continuação de Cloverfield? Acho que vou sim... Mas eu realmente estou desde 2008 esperando pela continuação de Cloverfield, assim como provavelmente todo mundo. Vocês nem tem ideia do quão feliz eu fiquei quando brotou o trailer Lane (vou chamar assim por motivos de: não quero digitar o nome inteiro) na internet alguns meses atrás. O mais legal do Cloverfield não foi ser apenas um filme de monstro comum dessa nova era de produções grandiosas em que os seres gigantes destroem cidades (como Godzilla ou o Pacific Rim). O bacana dele foi surgir quase como um segredinho (sério, dá uma pesquisada na campanha de marketing dele) naquela época em que o found footage estava em alta e inovou em dois gêneros: era um filme de monstro e "câmera na mão" de alta produção. Não posso dizer que é genial nem nada disso, mas o acho extremamente divertido. Enfim, não estamos mais em 2008, estamos agora em 2016. A esperada continuação de Cloverfield apareceu e o mais legal dela é ter sido como seu antecessor: diferente. 
Eu adorei o filme. Não tem muito a que acrescentar. Por mais que o Cloverfield seja MUITO divertido e eu gostar bastante dele é inegável que Lane é melhor e muito mais inteligente. Saí do cinema completamente feliz com tudo o que havia assistido. É tudo montado com um grande cuidado. Sabe quando existem elementos na cena que aparentemente não irrelevantes e em alguns momentos acabam sendo de grande importância dentro da história? Gosto muito disso. São como peças que aos poucos vão se encaixando. Pode ser uma garrafa de vodca levada de último minuto ou um par de brincos em uma foto. Dá para ver que o roteiro foi muito bem montado. Nada está faltando, tudo é importante. E isso vai desde o cenário, figurino até diálogos devidamente escolhidos para momentos certos. É um filme narrativamente muito rico. A direção do estreante Dan Trachtenberg é primorosa. Ele cria ao mesmo tempo um sufoco e a sensação de claustrofobia no mundo exterior (pare para perceber como sempre que Michele está fora do bunker a câmera fecha no só nela, sem mostrar muito os cenários) e criar um certo mundinho no interior. Aquele lugar acaba se tornando o mundo inteiro dos personagens e parece muito maior do que realmente é. São só em momentos de maior tensão que você percebe o quão presos eles estão ali. 
Falando em tensão, MEU DEUS, que agonia foi assisti-lo. O elenco está perfeito, com destaque especial para Mary Elizabeth Winstead que entra para o hall da fama de protagonistas femininas fortes de 2016. Ela está impecável no papel, sua atuação é hipnótica e sua personagem é tão bem construída que você acredita em absolutamente tudo o que ela pode fazer (entenderá se tiver assistido o filme). John Goodman e John Gallagher, Jr também estão excelentes, mas todo o destaque acaba concentrado na Michelle. O fenomenal Bear McCreary fez a trilha sonora incrível (que by the way está disponível completa no Spotify). Não sei como esse cara não tem mais admiradores já que as trilhas que ele compõe são sempre impecáveis (exemplo: Outlander. Fim de papo). O filme possui dois pontos de clímax no terceiro ato. Um deles consiste no conflito entre os personagens e o outro é finalmente a ligação com Cloverfield - Monstro. O final destoa completamente de todo os resto da narrativa por ser um tanto quanto fantasioso e absurdo demais. Porém se parar pensar nele como uma sequencia faz sentido e é bem feito. Então tudo bem (carinha feliz). 
Adorei 10 Cloverfield Lane. Achei uma das melhores surpresas do ano e torço muito para a franquia em que cada filme aborde uma visão diferente deste universo.

Nota: 9
Trailer:

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