quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Critica: The Strain (Segunda Temporada)

Criada por: Guillermo Del Toro e Carlton Cuse
Nº de Episódios por Temporada: 13 Episódios
Duração dos Episódios: 42min
Emissora: FX
País de Origem: Estados Unidos
Gênero: Thriller de Horror
Elenco Principal: Corey Stoll, David Bradley, Mía Maestro, Kevin Durand, Jonathan Hyde, Richard Sammel, Sean Astin, Jack Kesy, Natalie Brown, Miguel Gomez e Ben Hyland
Classificação Indicativa: 16 Anos
Sinopse: A história narra o surgimento de um vírus fatal na cidade de Nova York. Tudo começa quando o Boeing 777 da Regis Airline, vindo de Berlim, aterrissa no aeroporto JFK. Seu motor para, as luzes se apagam, os canais de comunicação silenciam e a equipe do aeroporto se perde numa espera aflitiva por algum sinal dos passageiros. Temendo um ataque biológico, o Centro de Controle de Doenças é acionado e então vemos o Dr. Ephraim Goodweather, o protagonista do livro. Ele se torna o líder de um trio que tenta investigar o mistério por trás do estranho vírus, que transforma as vítimas em verdadeiros vampiros, loucos por sangue. O trio se completa com a bioquímica Nora Martinez, sua parceira, e com o estudioso caçador dos estranhos vampiros Abraham Setrakian.

Queria estar morta.
O sofrimento tem uma forma e ela é essa segunda temporada de The Strain. Eu lutei muito para gostar da primeira temporada, é só ler meu texto sobre ela aqui e você percebe como eu me esforcei. A gente consegue tirar água de pedra quando quer gostar muito de alguma coisa. Li todos os livros que inspiraram a série e estava me perguntando realmente como eles conseguiriam transpor a ação alucinada e (praticante) infilmável de maneira minimamente decente. Acontece que eles provaram que o que já está ruim pode piorar ainda mais e o que era infilmável pode se tornar ainda mais infilmável. Esses 13 episódios foram HORRÍVEIS, uma perda de tempo absurda em que eu me remexia e contorcia de dor, sério, dor física de tão imprestável que é essa produção. Todas as minhas reclamações passadas continuam e se maximizam, pegaram um livro em que não muito acontecia e, já havia reclamado disso aqui, esticaram e puxaram, encheram de linguiça para cobrir a cota da temporada. É um material muito bom e original estripado e destroçado até não sobrar nem 10% da criatividade original, poucas coisas são reconhecíveis e não passam de rápidos e apagados “ah, me lembro de ter lido isso...”.
Uma das poucas cenas decentes.
O que mais irrita é a falta de incoerência do roteiro, simples assim, o mundo está acabando, tem uma praga biológica que está dizimando toda NY, essa praga já se tornou conhecida no mundo inteiro. São vampiros, amigo, saem de noite, matam gente, é um vírus, mas tudo bem, as pessoas continuam trabalhando mesmo assim. QUE?????????????? O mínimo que se espera é a população se escondendo em casa e NÃO SAINDO NA RUA DE NOITE, ANIMAIS! Fora todo o plot aleatório e nobody cares do Eldritch com a Cocô (desculpa, gente, o nome da menina é Coco). Não tenho nem direito como reclamar da quantidade de coisas desnecessárias essa temporada. Nada faz sentido, eu repito, o mundo está acabando, vem vampiros, é um vírus, não é hora pra nadar pelado em uma piscina no meio da noite, não é hora pra discutir relação na rua, não é hora pra se fazer uma campanha política, governo, para de merda e isola essa ilha, não deixa ninguém sair que assim a coisa não espalha. O apocalipse é sempre uma boa desculpa para se falar de seres humanos, The Walkind Dead é exemplo disso, mas existe uma diferença gritante entre crise existencial perante a possibilidade de morte eminente e birra. Galerinha, para de DR e começa a correr, tranca esse menino chato no quarto e não deixa ele sair pra fazer merda! Aliás, de quem foi a ideia de gênio de trocar o ator que interpreta o Zach?  Quem escalou esse pirralho? Na moral, pior criança das séries, nunca vai existir outra tão irritante e dramaticamente inútil. Pensar que o Zach é um dos personagens mais importantes dessa história e foi transformado nisso dá um desespero aqui no coração. Mas em matéria de "me deu vergonha" a pior cena de todas foi o Corey Stoll raspando a peruca dele pra explicar a careca do ator. 
face palm
Falando em atores fazia tempo que eu não via um elenco tão frustrado. Eles estão atuando no automático. A canastrice come solta e as cenas mais sérias são risíveis perante a falta de vontade dessa galera. Eu torço pela morte de todos os personagens até o final da série, como li os livros e sei mais ou menos o que acontece (como eles mudaram várias coisas é difícil ter certeza de qualquer coisa).  Não sei o que está passando na cabeça do Guillermo Del Toro e como ele deixou algo tão promissor se tornar essa bomba atômica. Até a produção caiu. Os vampiros tão quase que sumidos, suas aparições são pontuais e estão todos assustadoramente vestidos da mesma foram. Jaqueta e calça jeans, a moda entre os vampiros, não dava pra variar um pouquinho para parecer um pouquinho mais real? Os cenários são falsos, nada mais a acrescentar, é impossível acreditar em qualquer coisa que apareça na tela. Algumas cenas foram absolutamente destruídas e um dos momentos mais marcantes de A Queda foi sem graça, fiquei toda a temporada esperando e bendito acidente de trem e quando ele aconteceu, não aconteceu nada demais. Foi isso, nada, como todo o resto. Para não dizer que só critiquei, acho que posso dizer que alguns episódios tiveram aberturas muito boas. A sequências iniciais deram esperanças, mas nada mais que isso. As crianças aranhas foram legais (bacanudas estou usando essa palavra), mas foram mais uma prova de como eles perderam oportunidades de usar elementos já apresentados para enriquecer a narrativa, o eclipse, evento importante que passou batido na primeira temporada.
No final das contas, The Strain se tornou um produto vazio e irrelevante que acaba não sendo digno de nota nem do meu tempo, larguei e duvido que volte, só se eu perder meu amor próprio até 2016.
Nota: 4
Trailer:

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