quarta-feira, 27 de maio de 2015

Critica: Mad Max: Fury Road (Mad Max: Estrada da Fúria)

Título Original: Mad Max - Fury Road
Título no Brasil: Mad Max - Estrada da Fúria
País de Origem: Estados Unidos
Gênero: Ação
Tempo de Duração: 2hr
Ano de Lançamento: 2015
Estúdio/Distrib: Warner
Direção: George Miller
Elenco:  Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult, Hugh Keays-Byrne, Zoë Kravitz e Rosie Huntington-Whiteley

Classificação Indicativa: 16 Anos
Sinopse:

Perseguido pelo seu turbulento passado, Max Rockatansky (Tom Hardy) acredita que a melhor forma de sobreviver é não depender de mais ninguém para além de si próprio. Ainda assim, acaba por se juntar a um grupo de rebeldes que atravessa a Wasteland, numa máquina de guerra conduzida por uma Imperatriz de elite, Furiosa (Charlize Theron). Este bando está em fuga de uma Cidadela tiranizada por Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), a quem algo insubstituível foi roubado. Exasperado com a sua perda, o Senhor da Guerra reúne o seu exército e inicia uma impiedosa perseguição aos rebeldes e a mais implacável Guerra na Estrada de sempre.

Seria esse o filme de ação perfeito?
Não tenho palavras para descrever como eu estava quando saí do cinema, mentira, tenho sim. Basicamente dando pulinhos de mãos dadas com a moça do guichê, vomitando arco-íris e cuspindo areia. Eu ADOREI com todas as minhas forças e se você estiver disposto a ler um texto de puros elogios, está servido. Primeiramente gostaria de ressaltar como gosto dos filmes originais, obrigado pai por me fazer assistir esses verdadeiros clássicos. E depois do fantástico trailer (mais abaixo) acho que junto com Star Wars esse era o filme mais aguardado do ano por mim. Já posso dizer que por enquanto ele está no pódio de MELHOR DO ANO até agora e acredito que apenas (de novo) Star Wars pode acabar desbancando-o. O que me parte o coração, por um lado quero que aconteça isso sim, mas por outro lado eu realmente gostaria de ver Mad Max com o primeiro lugar.

O filme já inicia com um tapa na cara, a primeira sequencia até o título é extremamente frenética e angustiante. São alguns minutos sem conseguir respirar por nem um mísero segundo. Esta abertura consegue em pouco tempo apresentar como será toda a duração. São duas horas sufocantes, cenas e mais cenas de ação desenfreada e catastrófica, acredite, isso não é negativo. Não posso dizer que sou grande fã de filmes de ação atuais, então é muito satisfatório sair do cinema depois de ter visto algo tão fenomenal e bem feito. É preciso, planejado, extremamente bem dirigido e editado. George Miller fez uma verdadeira obra-prima. Apesar de quase ininterrupta (eu disse ‘quase’), a ação não cansa, ela é sempre bem dosada e sempre nova, nunca é visto uma cena repetida ou a mesma coisa acontecendo. A cada novo momento é algo novo sendo feito. Só tenho que aplaudir a produção por me deixar tão apreensivo por DUAS HORAS sem me cansar da narrativa, que apesar de bem simples, é muito redonda e bem construída. O roteiro funciona a favor do filme e não tenta ser muito ou fazer o que não pode, ele entende suas limitações e faz uma trama muito bem planejada e sem buracos, excessos ou redundâncias. Comprovando que a falta de um roteiro complexo e elaborado não compromete uma produção bem feita, já que a história acaba não sendo tão importante no resultado final do espetáculo visual. A simplicidade é bela. O universo é muito bem apresentado e mesmo sem ser autoexplicativo o filme se faz entender por si só. Ele não te julga como um idiota, como muitos filmes fazem, ele não te explica o que está acontecendo. É como se quando a tela ilumina o filme falasse: Este é meu mundo, você que se adapte a ele.

Gostei muito das críticas sociais pesadas que devam ter passado em branco por muita gente. Temas muito relevantes são levantados, como a preservação do meio ambiente, fé cega, objetificação de pessoas e exploração sexual de mulheres. Mulheres essas que para mim foram principal surpresa. Elas são o centro da historia e não são, apesar serem apresentadas como sendo, apensas mocinhas esperando para serem resgatas por seus heróis habituais. Elas estão ali para se salvarem e se protegerem nesse mundo hostil e essencialmente machista. O Max de Tom Hardy é muito carismático e interessante (a primeira parte é mérito do Tom mesmo, o cara é foda), mas a verdadeira personagem principal é Charlize Theron em todo seu esplendor. A atriz (sensacional) não precisou se apoiar em sua beleza para ser memorável (nem tentou, raspou a cabeça, graxa na cara e sangue nos olhos), mas sim atuação e força. Ela é incrível!
No final, Mad Max: Fury Road é um filme visualmente deslumbrante, com uma direção impecável, atores sensacionais, edição frenética e precisa, mais uma trilha sonora tão empolgante que chega a ser quase um abuso mental tanto capricho. Eu adorei e você já percebeu isso. Ganhei um pôster na entrada do cinema e já o colei na parede, comprei meu ingresso para a já confirmada sequencia e se for para morrer, que seja na Estrada da Fúria.
Nota: 10
Trailer:

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