País de Origem: EUA/Nova Zelândia
Gênero: Fantasia
Tempo de Duração: 2hr e 42min
Ano de Lançamento: 2013
Estúdio/Distrib: Warner Bros
Direção: Peter Jackson
Classificação Indicativa: 12 Anos
Atores: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage,
Orlando Bloom, Evangeline Lilly, Cate Blanchett, Aidan Turner, Luke Evans, Lee Pace e Andy Serkins.
Sinopse: Após iniciar sua jornada ao lado de um grupo de
anões e de Gandalf (Ian McKellen), Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) segue em
direção à Montanha Solitária, onde deverá ajudar seus companheiros de missão a
retomar a Pedra de Arken, que fará com que Thorin (Richard Armitage) obtenha o respeito de
todos os anões e o apoio na luta para retomar seu reino. O problema é que o
artefato está perdida em meio a um tesouro protegido pelo temido dragão Smaug
(voz de Benedict Cumberbatch). Ao mesmo tempo, Gandalf investiga uma nova força
sombria que surge na Terra Média.
Dica do dia: nunca faça uma critica logo depois de assistir o filme. Por pior que ele seja você sai do cinema animado e sem enxergar nenhum defeito. Esse foi meu problema com O Hobbit. Eu sou muito fã da trilogia dO Senhor dos Anéis e estava muito animado para o filme. Acontece que as duas vezes eu escrevi a critica logo depois de chegar em casa e nem tinha lido o livro ainda (leia as resenhas AQUI e AQUI). Acontece que esse ano eu li finalmente o primeiríssimo livro e comecei a perceber os filmes. E, cara, que coisa desnecessária.
Dividir um livro tão pequeno e
tão simples em três filmes é a principal razão para esses filmes saírem tão
bobões. O Hobbit é uma historia pequena de aventura infantil. O que eles
tentaram fazer foi transformar esse conto tão inocente em um épico sem sentido.
É só você parar para pensar cinco minutos e toda a baboseira começa a vir em
mente. Eles esticaram, esticaram e esticaram até não conseguir mais. Não dá
para re-assistir os filmes sem parar para pensar como eles são chatos, longos e
enrolados. Todo o roteiro peca em tentar loucamente te relembrar o tempo todo que
se trata da Terra Média, a cada cinco minutos são recriadas cenas idênticas aos
filmes originais só para você pensar: “Ah, eu lembro disso!” ou “Oh, isso
aconteceu também?”. É demais, é como se o Peter Jackson pensasse que você é
idiota e precisa te lembrar o tempo todo que se trata de um filme dO Senhor dos
Anéis. Não precisa disso, O Hobbit não é épico. É uma aventura.
Peter Jackson é outro problema.
Ele é um megalomaníaco e isso todo mundo sabe. É tudo muito MUITO, sabe? É tudo
grandioso demais, é filme demais, cenas grandes demais, planos grandes demais e
no final nada se encaixa e nada faz sentido. Acho que se o livro tivesse sido
dividido em apenas dois filmes talvez a coisa fosse melhor. É visível o enxerto
de plots subaproveitados e
personagens desnecessários só para fechar três horas de duração. O maior
exemplo disso é o romance babaca da Elfa com o Anão. Isso é horrível e
contradiz a própria saga do Anel. Por quê? A amizade entre o Legolas e o Gimli
é muito especial, todos amam a relação entre os dois. Ela é especial por ser
algo único e impossível. Elfos e Anões são rivais e se odeiam. Agora quando você
mostra que isso pode acontecer mais vezes acaba baixando um pouco a amizade dos
dois. E é tosco, é muito tosco.
Eu gosto mais de A Jornada
Inesperada do que A Desolação de Smaug. O primeiro tem todo aquele espírito de
aventura do livro. É um filme divertido e apesar de longo demais consegue ser
bem satisfatório. Agora no segundo a coisa derrapa absurdamente. O roteiro é
ruim demais. É só lembrar-se da cena de perseguição com o Dragão. O Smaug não
tem perspectiva. Ele é tipo um mongol gigante burro. Ele corre, corre e corre e
se distrai facilmente. É engraçado também se você parar para pensar que ele
conseguiu dizimar uma montanha inteira, mas não consegue nem pegar 12 anões e 1
hobbit e é enganado por eles ainda por cima. E o que é aquele plano com a
estátua de ouro? Que merda é aquela? Vamos matar um Dragão com fogo? Eles nunca
leram Guerra dos Tronos? E que mente rápida o Thorin tem. Ele viu tudo aquilo e
já bolou um plano gigantesco e teve tempo de combinar com todo mundo. O pior de
tudo para mim é o Bilbo, que deveria ser o protagonista da historia, ser esquecido
completamente e dar lugar ao Legolas, que nem deveria estar no filme, que se
torna o principal a partir do segundo. O Bilbo se torna um inútil que não
serve para nada. Entendeu meu ponto?
Apesar do roteiro enrolado e ruim
os filmes compensam e visual e elenco. A fotografia e direção de arte são
lindas e fantásticas. Eu adoro todos os cenários. É um ótimo exercício de
estilo e visual. A trilha sonora é muito boa e o elenco tem atores fenomenais.
Mas aí já é elogio repetido das outras criticas. É a mesma coisa de sempre e
esquece. Os filmes são divertidos, mas os defeitos são tantos que chegam a
prejudicar bastante a narrativa. Eu quero muito que o terceiro seja bom. Quero
muito mesmo, então estou tentando colocar todas as minhas esperanças em cima
dele. Vou ao cinema essa noite assistir e tentar fazer uma critica pensando
bastante nela antes. Eu gosto dos filmes apesar de tudo. Eu sou apaixonado pelo Senhor dos Anéis e cabo gostando de qualquer jeito. Por isso a decepção tão grande. Mesmo assim, vale a pena como um mapa visual e cenas divertidas da Terra Média. Tem muitos defeitos, mas tem bastante qualidades também. Só acho 3 filmes demais.
Uma Jornada Inesperada: 9
A Desolação de Smaug: 8
Trailer:
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