terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Critica: The Walking Dead (até a metade da Quinta Temporada)

Criada por: Robert Kirkman
Nº de Episódios por Temporada: Primeira – 6; Segunda – 13; A partir da terceira – 16
Duração dos Episódios: 42min
Emissora: AMC
País de Origem: Estados Unidos
Gênero: Drama-Zumbi
Elenco Principal: Andrew Lincoln, Jon Bernthal, Sarah Wayne Callies, Laurie Holden, Jeffrey DeMunn, Steven Yeun , Chandler Riggs, Norman Reedus, Melissa McBride, Michael Rooker, Scott Wilson, Lauren Cohan, Emily Kinney, Danai Gurira, Chad L. Coleman, Sonequa Martin-Green, Lawrence Gilliard, Jr., Alanna Masterson, Christian Serratos, Michael Cudlitz, Josh McDermitt, Seth Gilliam, Andrew J. West e David Morrissey

Sinopse: Baseado na série de quadrinhos de mesmo nome, The Walking Dead conta a história de um pequeno grupo de sobreviventes de um apocalipse zumbi. A maior parte da história se passa nos arredores de Atlanta e, em seguida, em torno da região rural do norte da Geórgia. Os sobreviventes são vistos em busca de um refúgio e local seguro, longe das hordas de mortos-vivos, que são chamados por eles de, "caminhantes" ou "biters", pois devoram pessoas e cuja mordida é infecciosa para os seres humanos. Os sobreviventes tem conhecimentos limitados sobre o que realmente está acontecendo no mundo. O enredo da série é voltado principalmente para os dilemas que o grupo enfrenta, como a luta para manterem-se vivos, os sentimentos confusos e os desafios do dia-a-dia em um mundo hostil e praticamente dominado por mortos-vivos. O grupo é liderado por Rick Grimes, que ocupava o posto de vice-xerife de uma pequena cidade antes do surto de zumbis. Juntos precisam adquirir novos meios apropriados de convívio social agora que as estruturas da sociedade entraram em colapso e a realidade se tornou atípica.


Depois do fenomenal final-de-meio-de-temporada (assim que chama? Não sei, fica a dúvida) de The Walking Dead eu percebi que estava devendo um textinho aqui.
A série, como todos sabem, estreou em 2010 de forma discreta, com apenas seis episódios fracos. Naquela época não era tão alardeada assim e eu nem achava a série tão boa, só acompanhava por que zumbis são legais em qualquer coisa. Seguiu-se então para a segunda temporada que foi chatíssima, ruim, não aconteceu nada, absolutamente nada por cerca de 10 episódios. Os dramas eram ruins, os personagens meio bobos e por aí vai. Então entrou na terceira que começou muito bem! Foi um inicio com força que me fez acreditar que a série finalmente ia pra frente, mas acabou morrendo na praia de maneira chocha e sem graça. Com um dos cliffhangers mais toscos, sem sentido e incoerentes de todos os tempos. Apesar de divertida ela possuía inúmeros pontos fracos e deslizes que sobrepujavam as qualidades, a vontade de assistir foi caindo bastante. Não vou me ater falando das três primeiras temporadas por que eu não preciso, foi só ano passado depois da genial quarta temporada que The Walking Dead mostrou por que veio ao mundo e hoje é uma das melhores séries que eu acompanho.
Acho que eles finalmente entenderam como levar essa historia pra frente, foi deixado de lado as preocupações bobas e todo o perigo passou a ser imediato. Isso eleva muito o ritmo da série por que algo sempre está acontecendo. Não temos mais longas discussões e armações mirabolantes para problemas óbvios, os personagens pararam de narrar o visível e começaram a agir de verdade. O maior ponto acertado pelos roteiristas foi perceber que a série não é um terror sobre zumbis. É um drama sobre sobrevivência e a humanidade. Esse é o ponto. Depois que a sociedade ruir, como as pessoas vão agir sobre esse colapso? O que você faria para sobreviver, até onde vai a sua humanidade e o seu senso de proteção? É por isso que agora eu gosto tanto da série, por que ela foca nesse tema e a trama está tão bem construída e frenética que se torna quase impossível desviar o olhar ou piscar durante os quarenta minutos na frente da tv. The Walking Dead é horário sagrado aqui em casa.
O quarto ano encontrou a solução para os problemas ao dar espaço para os personagens se desenvolverem, como eles cresceram! Você acaba se importando absurdamente com cada um deles, isso se torna um trunfo na mão dos roteiristas, pois uma piscada e já temos mais uma morte chocante acontecendo (fórmula de sucesso de Game of Thrones). Os episódios são bem cadenciados, lentos, pautados em diálogos de construção e contemplação, mas sem perder o ritmo. Os atores são excelentes e dão vida como ninguém aos personagens, o drama de cada um deles é sentido e crível. Não se torna falso nem artificial como em muitas outras produções pós-apocalípticas.
O grafismo da série também é absurdo. Os efeitos visuais são fantásticos, assim como a fotografia e a maquiagem dos zumbis. O visual inteiro da série é impressionante. A direção dos episódios é bem discreta, mas funciona muito bem ao dar espaço para os atores trabalharem. Algo muito legal é perceber os nomes dos episódios, eles falam muito sobre a trama e não são nada gratuitos (tipos aqueles títulos que tão lá só por precisarem ter um nome), me lembra muito Breaking Bad que também tinha essa preocupação em fazer títulos que falassem tanto quanto a trama. Um exemplo disso foi agora o último episódio da metade da quinta temporada que se chama “Coda”, significa uma sessão com que se termina com um final brilhante. E de fato foi! Outro notável foi um dos meus episódios favoritos até agora “Four Walls and a Roof”, o episódio explica por si só.
The Walking Dead é uma série muito boa em retratar os conflitos de uma sociedade de forma realista. Eu realmente acho que todos deveriam acompanhar, pois além de ser um ótimo entretenimento ainda é uma série relevante e bem feita. Fica meu aguardo para o final da quinta temporada que volta apenas em fevereiro do ano que vem, uma longa espera, mas vamos lá. Pega uma espada e prepare o lencinho.
Nota para as Três Primeiras Temporadas: 7
Nota para a Quarta Temporada e Metade da Quinta: 9
Trailer:

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