Nº de Temporadas: 4
Duração dos Episódios: 20min a 30min
Emissora: Netflix
País de Origem: Estados Unidos
Gênero: Comédia
Elenco: Jason Bateman, Portia de Rossi, Will Arnett, Michael
Cera, Alia Shawkat, Tony Hale, David Cross, Jeffrey Tambor, Jessica Walter e Ron
Howard
Sinopse: A história de Arrested Development é muito simples:
um pai viúvo chamado Michael, cujo pai George foi preso por forjar a
contabilidade das empresas Bluth, acaba tendo que cuidar de sua ex-rica
família. Pensando bem... a história muda quando se conhece os membros dessa
família. Além de Michael, ela é formada por sua mãe, a socialite Lucille ; seus
irmãos Buster e Gob, um cartógrafo e um fracassado mágico, respectivamente; sua
irmã obcecada por moda Lindsay, e seu marido Tobias, que perdeu a licença de
médico. E ainda tem George, o filho adolescente de Michael, que tem uma estranha
paixão por sua prima Maeby.
Até a terceira temporada:
Eu não conhecia Arrested
Development até algum tempo atrás, sempre ouvi muito falar da sitcom cult cancelada em 2006, mas nunca
tive vontade de assistir. Foi só depois de ano passado quando aconteceu o reunion que tive vontade de assistir
realmente. Não é surpresa falar que em menos de um mês eu assisti absolutamente
tudo e estou babando até agora. Vocês precisam assistir!
Sitcons e séries de comédia tem o
mesmo formato desde sempre, a gente se acostumou com ele e é agradável ouvir as
risadas e piadas prontas. Não me leve a mal, não estou reclamando, eu adoro,
mas o charme principal de Arrested Development é ser a sitcom mais diferente e inteligente que eu já tive o prazer de
assistir. As piadas são maduras, bem escritas, bem pensadas e muito, mas muito,
inteligentes. Tanto que os primeiros episódios da primeira temporada podem
parecer chatos até você pegar o ritmo, por que é um humor completamente
diferente do que estamos acostumados hoje em dia. Não me surpreenda que a série
não conseguiu a popularidade de How i Met Your Mother ou The Big Bang Theory,
que trazem o formato habitual, até por que Arrested é bem difícil de digerir
(recomendei para alguns amigos que acharam chato). Então se você quiser
assistir, não perca a calma logo no inicio, até o final da primeira temporada você
vai estar completamente viciado.
Os personagens são brilhantemente
interpretados pelo fenomenal elenco. A química entre todos os nove integrantes
da família Bluth é muito boa, todos são tão engraçados que poderia apenas os
colocar no mesmo ambiente sem falas e eu já estaria rindo. O roteiro é genial
(estou usando bastante essa palavra), as piadas não vem e vão de graça, elas
são pensadas e bem formuladas para funcionarem quase que como um inception. São piadas, dentro de piadas,
dentro de piadas e dentro de mais piadas. Elas são todas tão bem amarradas e
bem construídas que ao se familiarizar com a personalidade dos personagens e os
acontecimentos anteriores você já comera a rir de uma imagem que às vezes pisca
na tela por segundos. Isso se deve também a excelente narração do Ron Howard
que dá vida a historia e a edição primorosa do seriado. É tudo muito redondinho
e feito com um verdadeiro esmero. Não é para todo mundo, mas se estiver cansado
de comédias habituais e quiser ver um humor completamente ácido, negro e inteligente
essa é a sua série.
A terceira temporada é de longe a
minha favorita. O seriado estava sendo cancelado e os roteiristas aproveitaram
para chutar o balde completamente. Os episódios são de rolar de rir, cheios de
metalinguagem e piadas internas. Eles tiram sarro de você e deles mesmos. Além
de contar com a melhor participação especial de todos os tempos. Nunca um ator
consagrado foi tão bem usado dentro de uma sitcom. Eu estou falando de Charlize
Theron e a melhor trama de todas! A temporada fecha a historia e encerra a
série de forma ideal. Não poderia pensar em um final mais justo para a família
Bluh. Obvio que não acaba por aí, por que foi em 2013 que a Netflix (Deus da
Internet) trouxe todo o elenco de volta para o reunion.
A Quarta Temporada:
Eu não considero o reunion como uma temporada. Desde o fim
havia sempre uma promessa de um filme e eu acho que foi isso que a Netflix fez
(sete anos depois do final da série), um filmão de oito horas. Não consigo pensar
de outra forma. Apesar de ser mais fraca que todo o resto, essa temporada foi
genial. A construção dos episódios e o roteiro monstruoso foram dignos de
aplausos. Cada episódio focou em um personagem específico (até por que eles só
conseguiram gravar uma cena com todo o elenco original junto) e trama foi
brilhantemente construída para se intercalar. Eu consigo imaginar a sala de
roteiristas tentando escrever isso aqui por horas. Por que foi tão bem pensado
que chega a doer. Um personagem faz isso que gera aquilo, que aconteceu isso e
causou aquilo, mas aquele personagem acidentalmente fez isso que estragou
aquilo, mas acabou arrumando isso para aquele personagem que estragou tudo
inicialmente. É até difícil entender a linha do tempo por causa da concha de
retalhos que foi feita. Nenhum ponto foi esquecido e tudo o que acontece tem um
motivo. Apesar de ser entranho ver os personagens sete anos mais velhos é muito
legal ver todo mundo de volta em ação. Acho que a única coisa que eu não gostei
muito foi de eles estarem separados demais (eu sei que o elenco cresceu
bastante depois do final da série e era praticamente impossível), mas eu queria
ver todo mundo junto por mais tempo. Enfim, é a vida. O filme de oito horas
termina de maneira chocante e incrível e tá me fazendo roer para a quinta
temporada. Já passou um ano e queremos Arrested Development de volta! Obrigado
Netflix por trazer essa série, que acabou se tornando uma das minhas sitcons
favoritas, de volta dos mortos. Assista Arrested! É uma dica de amigo.
Nota até a terceira temporada: 10
Nota da quarta temporada: 9 (os
episódios são meio cansativos se vistos todos em sequencia)
Trailer:
Nenhum comentário:
Postar um comentário