sábado, 25 de maio de 2013

Critica: O Massacre da Serra Elétrica 3D - A Lenda Continua (Texas Chainsaw 3D)

Título Original: Texas Chainsaw 3D
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 1hr e 32min
Ano de Lançamento: 2013
Estúdio/Distrib: Europa Filmes
Direção: John Luessenhop
Atores: Alexandra Daddario, Dan Yeager, Trey Songz
Sinopse: 1974, uma pequena cidade no interior do Texas. Uma garota escapou de um massacre que matou cinco pessoas e é criada sem saber a verdade sobre seu passado. Já adulta, Heather Mills (Alexandra Daddario) é surpreendida ao ser informada que é a beneficiária da herança de uma avó que nem sabia existir. Ao lado dos amigos Nikki (Tania Raymonde), Ryan (Trey Songz) e Kenny (Kerum Milicki-Sanchez), Heather viaja ao Texas para conhecer a mansão que herdou. Entretanto, ela tem duas regras a seguir: não pode vender a mansão e precisa seguir à risca as instruções deixadas pela avó em uma carta. O problema é que, antes mesmo de abrir esta carta, Heather é surpreendida por outro parente que também sobreviveu ao massacre de décadas atrás.

"A interminável franquia ganha mais um filme e o título brasileiro ainda não foi arrumado."
Antes de tudo vamos a uma pequena comparação, existe uma diferença gritante entre uma serra elétrica e uma motosserra. Serras elétricas são movidas a eletricidade (como o próprio nome sugere), então, são ligadas na tomada. Motosserras são movidas a motor, a gasolina. O que o famoso Leatherface usa é uma motosserra. Não é preciso ser dotado de uma grande inteligência para perceber o quão idiota o título brasileiro é. Imagine o serial killer correndo atrás da mocinha e o fio da serra desengata da tomada. Só imagine. Ou ele teria um alcance muito curto ("Desculpe moça, eu gostaria de te cortar ao meio, poderia por favor permanecer apenas na cozinha?") ou ter quilômetros de extensão preparados para a perseguição. Bom, tirando esse pequeno apelo, o novo filme da desgastada e famosa franquia é ruim, não terrível, mas apenas ruim (fraquinho, fraquíssimo). O filme até que tenta, mas o maior problema dele é tentar criar algo novo, uma ideia nova, porém é tão mal desenvolvido que acaba se tornando um filme bobo e superficial.
OLHA PARA TRÁS JUMENTA..... OLHA PARA TRÁS
Os créditos iniciais são fantásticos, usando cenas e sequencias do filme original de 1974 é algo completamente nostálgico e bem feito (sério, se você gosta de terror, esqueça todos os novos filmes do "Massacre" e assista do original, vale a pena). Foi surreal rever os melhores momentos do clássico na tela grande. Mas isso não bastou para o salvar como um conjunto. Começando pelos defeitos e indo para o pequeno lado bom. O longa tenta trazer um novo gás a série, mas não funciona. A tentativa não é valida, a ideia geral dos roteiristas é horrorosa e totalmente genérica. Acho que já deveriam criar um novo subgênero do terror chamado de "Humanização do Monstro", por que a quantidade de filmes que tentam limpar a barra dos maiores psicopatas do cinema é absurda. Alguns exemplos desse "novo gênero" são o remake de A Hora do Pesadelo que enfatiza tanto que o Freddy Krueger é inocente que destruiu toda a mitologia criada em cima do personagem. Outro, Hannibal - A Origem do Mal, quem me conhece sabe que sou Fanboy de Hannibal e essa porcaria acabou totalmente com a historia do canibal. O "Massacre" tenta fazer a mesma coisa tão desesperadamente que chegaram a criar um novo personagem para ser o vilão e tornar Leatherface uma espécie de anti-herói não compreendido. Ah por favor, isso ai já é subestimar a inteligência do público. 
AI MEU DEUS TEM UM MANÍACO COM UMA MOTOSSERRA ATRÁS DE NÓS...... vem gata vamos transar
Não fugindo a outra regra do cinema de horror, os personagens são completamente burros! Depois do excelente novo Evil Dead realmente comecei a criar uma certa esperança, os roteiristas realmente poderiam tentar criar personagens que pensam, não é difícil, além de fazer as vítimas subirem as escadas quando são atacadas só para ficarem encurraladas, façam elas correrem para a porta. Não é grande coisa. Mas nãããão, tem que ser burro, tem que todo mundo ser burro. Só para vocês terem uma ideia. Temos quatro personagens principais, eles estão viajando, dão carona para um desconhecido. Ficam amigos do cara novo. Então os cinco vão para a casa nova de Heather, lá decidem festejar, mas não tem comida. Eles vão sair, ir no mercado, mas alguém precisa ficar e cuidar da casa, o desconhecido se oferece. Eles deixam a casa desprotegida com quem acabaram de conhecer? DEIXAM! E ainda ficam irritados quando voltam e descobrem que o babaca roubou tudo de valor. BANDO DE IDIOTA, merecem morrer mesmo. As coisas vão ficando de mal a pior. Quem assiste não simpatiza com ninguém, o personagem morre e você fica indiferente com isso. Para mim um dos maiores méritos de um filme de terror é te fazer sentir remorso quando alguém morre, pena, mas não. TEM QUE TODO MUNDO SER BURRO!
Dúvida.... quem nunca?
Nem mesmo as cenas de assassinatos possuem qualquer impacto. Não há tensão, qualquer fã de terror pode descrever tudo o que vai acontecer nos mínimos detalhes muito antes de ocorrerem (apenas uma nas milhares mortes realmente me surpreendeu). Isso tira todo o impacto do filme que chega a ser frustrante. Até mesmo os efeitos de maquiagem apresentam seus defeitos gritantes. É bizarro que o filme não se envergonhe em mostrar corpos mutilados em cena mas tenha vergonha de falar palavrões ou ter uma cena de real nudez (tem sexo, mas não tem nudez), as mutilações e torturas são mais pesadas que cenas de sexo, concordam? A direção de John Luessenhop é estúpida e consiste em apenas a câmera focando na bunda de Tania Raymonde toda vez que a moça está na cena. Os atores são de razoáveis pra baixo, ninguém tem força o suficiente para segurar uma cena até o final. A única que tem um desempenho um pouco acima de catastrófico é Alexandra Daddario. Pelo menos as cenas de perseguição conseguem divertir. Sei que pareço meio sádico falando isso, mas é gratificante ver gente burra desesperada até um maníaco (na verdade inocente ¬¬) que é mais lento que ela chegar primeiro. Tirando todos os milhares e milhões de defeitos, o filme consegue ser minimamente divertido. Não recomendo, mas mesmo assim vá assistir se não quiser pensar muito e ver a boa e velha motosserra (não elétrica).
P.S.: Existe uma cena pós-créditos hilária, fique até o final é muito divertida.
Nota: 5
Trailer:

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