quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Critica: Django Livre

Título Original: Django Unchained
País de Origem: Estados Unidos
Gênero: Faroeste
Tempo de Duração: 165 minutos
Ano de Lançamento: 2013
Estúdio/Distrib: Sony Pictures
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Atores: Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio
Sinopse: Django é um escravo negro liberto que, sob a tutela de um caçador de recompensas alemão, torna-se um mercenário e parte para encontrar e libertar a sua esposa das garras de Monsieur Calvin Candie, charmoso e inescrupuloso proprietário da Candyland, casa no Mississippi onde escravas são negociadas como objetos sexuais e escravos são colocados pra lutar entre si.

"Quentin Tarantino nos presenteia com mais uma obra prima."
Para quem não conhece nem nunca viu nenhum filme de Quentin Tarantino pare agora o que está lendo e corra para a locadora e alugue alguns clássicos como Pulp Fiction, Bastardos Inglórios ou Kill Bill. E quem sabe até o cinema assistir Django mesmo. Demorei para poder assistir e finalmente escrever a critica pelo fato do filme ter chegado com uma semana de atraso ao cinema da minha cidade. Pude finalmente conferir ontem a noite. E posso afirmar que Tarantino não perdeu a forma, e nos trouxe mais um grandioso filme, que eu ouso dizer que é um dos melhores já produzidos por ele, ficando somente atrás de "Bastardos Inglórios".
Tarantino foi ousado ao escrever o roteiro de Django, poderia muito bem dar errado pelo fato do filme tratar de um assunto tão delicado como á escravidão. Ainda mais por que Tarantino é um maluco que adora glamorizar a violência, a chacina ninja de Kill Bill e o massacre do cinema em Bastardos mostram muito bem isso. Mas o roteiro é tão bem escrito que todo o sangue presente se torna justificável. E o que não falta é chacina no filme, o sangue jorra na tela o tempo todo, é a típica violência tarantinesca, no melhor estilo Kill Bill, é tudo muito cartunesco. Parece que os humanos de Tarantino tem o dobro de sangue no corpo, adoro isso, é tão bizarro que tira um pouco dos impactos de cenas ás tornando mais divertidas sem serem tão chocantes. Mas parece que o diretor sabe quando se levar a sério. Existem cenas que o cartunesco não cairia bem, então ele opta por um estilo diferente de filmagem, é cru e chocante. Chega a ser desagradável, e admito que virei o rosto duas vezes durante o filme. 
Os atores estão fantásticos, Jamie Fox e Leonardo DiCaprio estão ótimos. Fox é incrivelmente convincente como Django e o DiCaprio (fazendo um de seus primeiros vilões) é divertido e sádico. Mas quem rouba a cena são Christoph Waltz (foto acima) e Samuel L. Jackson. Waltz mereceu o globo de ouro que ganhou, seu personagem é carismático e astuto. E Jackson está incrivelmente divertido, não esperei que o personagem seria o que ele foi. Estão todos fantásticos.
A fotografia do filme é maravilhosa, os cenários atribuídos se intercalam de forma fantástica com as cenas, e até, ajudando na historia. Os figurinos de época são impecáveis e a customização dos atores está linda e realista. Como eu já falei, o roteiro de Django é incrivelmente bem conduzindo. Sendo que o filme possui quase 3 horas que passam de forma extremamente rápida sem em momento algum se tornar chato e cansativo. O filme também tem um toque muito marcante que o ajuda a se tornar único. O humor negro empregado no filme é incrível. É surpreendente o modo de como ele é sultil e ainda assim arrebatador, sendo que o filme faz piada com muitos fatos de época e tem até uma cena em que tira sarro da Kum Klux Klan que é hilária. Com certeza o filme mais divertido de Tarantino
A trilha sonora do filme é maravilhosa. Tarantino sabe fazer trilha sonora e isso não é novidade. É super interessante o modo que ela brinca com o expectador e ajuda a mergulhar ainda mais fundo na trama. E não pense que só por que é um faroeste que você vai só ouvir musicas relacionadas a ele. No filme toca desde clássicas até rap, pop e James Brown. Fantástico. Isso tira um pouco aquele preconceito que as pessoas tem com filmes de época e torna o filme bem mais dinâmico e acessível.
Tem uma coisa que eu necessito falar por que acho importante, pessoas que odeiam filme dublado tem que dar uma chance para Django, na minha cidade só vieram cópias dubladas e admito que me surpreendi. Acho que um dos principais preconceitos com a dublagem é o fato de que praticamente os palavões são sempre trocados por palavras mais sutis (filho da mãe, vai se danar). Não foi assim com Django, a distribuidora brasileira está de parabéns pela coragem de deixar todos os palavrões intactos, foi muito bizarro ouvir frases como "seu filho da puta" ou "porra, ta doendo pra caralho" em um filme dublado. Vi muita gente no cinema reclamando disso, mas por favor. A distribuidora brasileira merece meu respeito pela coragem.
Enfim, recomendo MUITO que assistam Django Livre, corram para os cinema o mais rápido possível. Pois essa obra prima merece ser visto com o maior estilo possível.
Nota: 10
Trailer:

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