País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 1hrs 56min
Ano de Lançamento: 2012
Direção: Adam Wingard, David Bruckner, Glenn McQuaid, Joe Swanberg, Radio Silence, Ti West
Sinopse:Quando um grupo de desajustados é contratado por um grupo misterioso para recuperar uma fita rara em uma casa decrépita no meio do nada, logo descobrem que o trabalho não será tão simples como imaginavam. Na sala, um corpo sem vida chama a atenção em frente a um conjunto de televisões antigas, cercadas por pilhas e mais pilhas de fitas VHS. Enquanto procuram pela fita certa, acabam assistindo a uma série de vídeos terríveis, cada um mais estranho que o outro.
Um filme found foontage feito "por cineastas que já se cansaram deste subgênero”
Um filme found foontage feito "por cineastas que já se cansaram deste subgênero”
V/H/S é uma antologia de horror indie produzida por Brad Miskaque, o cara por trás do site Bloody Disgusting, foi sensação nos festivais do gênero, teve o seu trailer divulgado na internet e provocou uma onda de curiosidade em fãs de filmes de horror (inclusive eu) e em todo o mundo. Seis diretores dividem os créditos daquele que prometeu ser o “filme de horror mais aterrorizante de 2012”. Uma frase um pouco exagerada, já que não achei o longa "aquilo tudo que estão falando" chegando a detesta-lo a primeira vez que vi. Mas na segunda (com mente mais aberta) cheguei a conclusão que V/H/S tem sim seus méritos, e é um filme que merece ser visto.
O filme é composto por seis curtas super violentos. Dos seis, metade é boa. Com mortes violentas, muito gore, casos bizarros, e o "realismo" ao estilo "fita perdida", tem um bom resultado final. As histórias são: Tape 56, o curta central que conecta as outras, sobre um grupo de arruaceiros babacas contratados para roubar uma fita, mas ao chegar no local encontram uma coleção; Amateur Night, fala sobre três rapazes babacas na balada se deparam com uma estranha garota (o melhor de todos); Second Honeymoon, o mais fraco e chato, conta sobre um casal viajando pelo Arizona enquanto, sem saberem, alguém os acompanha (o final é tão surreal, tão bizarro que chega a surpreender); Tuesday the 17th, me lembrou muito A Bruxa de Blair, sobre um grupo de jovens que vão para uma floresta onde um assassino impossível de ser filmado rodeia (atores péssimos tiram todo o realismo da história); The Sick Thing That Happened to Emily When She Was Younger, o mais confuso, e também um dos fracos, se trata de um casal que conversa por chat onde a garota sente algo estranho em seu corpo e em sua casa (termina com do modo mais WTF e "noiado" possível ; por fim, 10/31/98, onde três amigos babacas estão indo para uma festa de halloween e acabam na casa errada.
Um boato interessante que ronda o filme é sobre a estreia do filme em festivais. Reza a lenda (hehehe) que, após uma exibição durante o Sundance Festival Film, uma ambulância precisou ser chamada para atender alguns espectadores que passaram mal por causa da violência gráfica transmitida pelo filme. Provavelmente é puro marketing e tal coisa nunca aconteceu. Se paramédicos foram chamados deve ter sido por causa de ataques epiléticos. Em momentos do filme a câmera chacoalha tanto e as luzes piscam tanto que você se sente enjoado e é obrigado a parar o filme para respirar um pouco. A dosagem de horror é boa, não gosto muito de filmes no estilo "câmera na mão" - pra falar a verdade eu adorava, gostava muito, porém tem sido tão usado, tão desgastado que já estou me irritando demais com isso - mas é bem utilizado aqui, os cortes, a edição,os efeitos que dão aquela sensação de estar assistindo realmente a uma VHS são fantásticos. Quem viveu a tempo de ver essa tecnologia vai gostar tanto quanto eu, que vai desde o "PLAY" no inicio do filmes até as imagens sobrepostas - que acontecia quando era gravado muitas coisas em cima da mesma VHS - a edição está perfeita.
As atuações são todas fracas ou razoáveis. Algumas histórias são bem escritas e outras não, algumas tem uma dosagem tão grande de nonsense que te deixa MUITO confuso tentando entender o que aconteceu ali por alguns minutos. Hannah Fierman (do curta Amateur Night) marcou presença. A criatura (sei lá que diabos era aquela coisa) realmente causa desconforto, principalmente quando mostra sua verdadeira aparência. A agilidade com que ela se movimenta é um dos pratos principais do curta. Lilly também cativa não só pela aparência, mas também pelo ar “inocente” que transmite a personagem. Um verdadeiro Show, o filme todo vale a pena por esse curta.
Enfim, recomendo V/H/S para quem tiver curiosidade de assistir e para quem gosta de filmes com muito sangue. Tem seus pontos altos e tem seus ponto muito baixos. Porém vale a pena ser visto se com bons olhos e sem expectativas altas. Lembrando apenas: NÃO assista o trailer se pretende ver o filme, pois muitas das melhores cenas estão ali.
Nota: 6,5
Trailer:
PS: Talvez o filme nem chegue a ser lançado no Brasil, mas achei o download com imagem boa "aqui"
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