sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Critica: American Horror Story: Freak Show - 4ª Temporada

Criada por: Ryan Murphy e Brad Falchuck
Nº de Episódios por Temporada: 13 Episódios
Duração dos Episódios: 50min a 1hr
Emissora: FX
País de Origem: Estados Unidos
Gênero: Suspense
Jessica Lange, Sarah Paulson, Evan Peters, Kathy Bates, Angela Basset, Frances Conroy, Emma Roberts, Denis O'Hare, Finn Wittrock, Gabourey Sidibe, Wes Bentley, Michael Chiklis e Lily Rabe
Sinopse: Um dos únicos espetáculos sobreviventes do país luta para permanecer “em pé” durante o alvorecer da era da televisão. Quando a polícia faz uma descoberta assustadora em uma fazenda local, o fornecedor excêntrico do show de horrores vê uma oportunidade que vai levar sua trupe para a sua salvação ou perdição. Jessica Lange interpreta Elsa Mars, uma expatriada alemã que gerencia um dos últimos circos de “aberrações” no país. Sarah Paulson vai interpretar as gêmeas siamesas Bette e Dot Tattler, e Emma Roberts será Maggie, uma cartomante. Kathy Bates vive Ethel Darling, a “mulher barbada” e ex-esposa do personagem de Michael Chiklis, o homem forte do circo, Del Toredo. Evan Peters é Jimmy Darling, filho dos personagens de Bates e Chiklis, e Angela Bassett é Desiree Dupree, a nova esposa de Wendell.

E aqui estou eu novamente para resenhar mais uma temporada de American Horror Story. Depois de uma temporada boa, uma excelente e uma fraquíssima, nossa famosa série de terror volta com sua temporada mais oscilante de todas. FreakShow não foi ruim, longe disso, em comparação com o que muita gente anda falando, achei-a satisfatória depois do bom final que assisti ontem. Poxa, até considerei ela uma das melhores séries de 2014. Acho que essa foi a temporada que mais me dividiu até agora, tiveram muitas coisas que eu simplesmente adorei, mas vários problemas acabaram me incomodando muito durante todos os episódios.

Primeiramente devo ressaltar a fantástica produção e direção de arte. Eu sei que sempre falo dela em todas as minhas resenhas da série, mas é necessário. Essa foi de fato a temporada com os maiores recursos e maiores “bonitezas”. É perceptível o enxerto de dinheiro que eles receberam. Os cenários são incrivelmente belos e bem montados, a fotografia é linda e a edição inovadora continua firme e forte. Não preciso mais ficar ressaltando como as cenas são bem montadas e a direção, tudo isso você pode ler em cada uma das outras criticas que eu fiz aqui. Os efeitos visuais são muito satisfatórios quando necessários, não deixam a desejar, mas acabam incomodando em alguns momentos como as irmãs siamesas (ambas interpretadas muito bem pela Sarah Paulson), que acaba sendo um pouco falso quando começa a reparar, mas a direção faz muito bem em esconder isso o tempo todo para não saturar. Além da trilha sonora que faz muito bom uso de temas circenses e musicas de época intercaladas com atuais (que vai desde David Bowie até Lana Del Rey).

O roteiro é o que mais oscila dentro da temporada. Achei a historia muito interessante e legal de acompanhar, é uma trama ligeiramente bem escrita. Acontece que ele fica indo e voltando na mesma coisa por muito tempo, são muitos episódios com falas e mais falas sobre a mesma coisa e isso acaba sendo muito incomodo. Me irritou bastante alguns escapes convenientes também. Existem muitos personagens que não tem cabimento nenhum na trama e só estão lá para ajudar ou matar os principais. Isso empobrece muito a narrativa, aquele cara que aparece faz algo muito importante e some, isso deixa o roteiro bobo e inconsistente. Os primeiros episódios são excelentes, os últimos são bons e o meio tem uma barriga gigantesca. É um atraso de trama, achei que foram muitos episódios, eles poderiam ter resumido tudo muito bem em 10 e tava tranquilo. Outra coisa que me incomodou foi o subaproveitamento de muitos elementos que eles tinham. É uma historia sobre circo e o que menos vemos é o circo. Senti falta de mais números verdadeiramente circenses e não as múltiplas cenas musicais bobinhas. Eles poderiam ter feito muito mais, poxa, tinha uma roda gigante no cenário, fiquei o tempo todo esperando alguma coisa com ela e nada.

Os atores são mais um ponto positivo e já muito elogiado nos outros textos. Só vou ressaltar os personagens cativantes e a excelente maquiagem. Também gostaria de parabenizar a produção pela coragem de chamar atores com problemas reais para interpretar as aberrações. Eles são incríveis e realmente talentosos, como por exemplo, Jyoti Amge, a menor e, mas fofa mulher do mundo. Mas a maior incógnita do elenco é Finn Wittrock, eu não sei se tenho uma opinião grande sobre ele. Por muitos momentos sua atuação alcança níveis grandes de complexidade e sutilezas (como um olhar perdido ou uma risada descontrolada), mas por outros ele exagera e chega ao caricato. Acho que faltou um diretor de mão forte para conter ele e falar algo do tipo “Tá demais amigo, um pouco menos, por favor.”. Isso é totalmente perceptível, tem episódios que ele está muito bem e tem os que ele está exagerado demais.
Enfim, FreakShow foi de longe a temporada mais oscilante de todas. Por alguns momentos ela foi fantástica, por outros ela foi boba. Mesmo assim, acho que valeu. O desfecho foi satisfatório. Só acho que o episódio poderia ter acabado um pouco antes (durante o a música Heroes, já estaria perfeito), mas eles esticaram para mostrar que havia ficado tudo bem. Essa foi provavelmente a última temporada com a Jessica Lange (não se sabe ainda se ela vai voltar tudo aponta que não), e o final foi como uma grande homenagem a atriz que merece todos os meus aplausos. É isso, volto em 2016 para resenhar de novo, abraços amigos.
Nota: 8
Trailer: 

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