quinta-feira, 21 de março de 2013

Primeiras Impressões: Bates Motel

Nunca tive nenhum interesse de assistir Bates Motel, desde a primeira noticia rondando a nova série eu já torcia o nariz. Apesar dos trailers e promos lançados serem muito interessantes, não fazia o menor sentido produzir um prelúdio para Psicose (um dos maiores clássicos do cinema). Seria algo totalmente desnecessário e até vergonhoso se pararmos para pensar. Acabei assistindo o primeiro episódio sem nenhuma expectativa e só assisti por que era curto e seria mais cômodo para mim já que se tratava de um episódio de apenas 47 minutos. Acontece que a série me deu um tapa na cara e riu de minha desconfiança. Bates Motel nos apresentou um incrível primeiro episódio e trouxe a promessa de ser uma das melhores séries novas desse ano. 
Quem nunca viu Psicose levanta a mão! Se você nunca assistiu no mínimo deve conhecer a famosa cena do assassinato no chuveiro. Psicose, clássico filme de Alfred Hitchcock lançado em 1960, que conta a história de um dos psicopatas mais famosos de todos os tempos não precisava de prelúdio (historia que se passa antes da original). Ficava claro que Norman, tomado por impulsos assassinos, teve forte influência de sua mãe durante a infância. Mas, é interessante a ideia de se conhecer e ver mais de perto a relação que Norman e a recentemente nomeada Norma (até então conhecida apenas como Mãe - apesar de eu ter a sensação de que já conhecia esse nome) tinham antes dos acontecimentos mostrados no filme.
O roteiro é ótimo e bem estabelecido, conseguindo nos manter totalmente grudados na cadeira (sofá, poltrona ou qualquer outro objeto sentável do qual você usa para ver séries). O episódio em si fugiu um pouco dos fatos apresentados em Psicose, mas mesmo assim eles são entendíveis já que a série teve uma enorme tarefa de transpor a história original para os dias atuais. E se tem algum ponto fraco é a escolha que tiveram que fazer em trazer o enredo aos dias atuais. O que é meio confuso já que o filme se passa nos anos 60 e a série em 2013. Mas tudo bem, veremos no que vai acabar isso.
 O maior ponto positivo do prelúdio é o elenco. Norman Bates, interpretado pelo ótimo Anthony Perkins em Psicose, ganha vida em Bates Motel com Freddie Highmore (de A Fantástica Fábrica de Chocolate, ta crescidinho, ein?). O ator de 21 anos consegue incorporar as características do psicopata como Perkins os criou em 1960 - além de ser parecido fisicamente. Vera Farmiga (Os Infiltrados, A Orfã), por outro lado, tem maior liberdade de criação na pele de Norma. Sua casual obsessão com Norman mostra uma puxada com o filme, estabelecendo já no episódio-piloto um paralelo com os problemas do garoto.
A trilha sonora é muito bem feita e eficaz, mas não é tão chamativa quanto a de Psicose (desculpem-me, mas como se trata de um prelúdio de um clássico, comparações excessivas são inevitáveis). Admito que seria épico assistir com ESSA trilha acompanhando.
Enfim, adorei o episódio piloto de Bates Motel, a série promete muito, ao final da primeira temporada farei uma nova análise.

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